A imbecilidade constrangedora de Luís Roberto Barroso

Como o marketing reduziu a economia a um produto de boutique
Luis Nassif
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Nada exprime mais esse vazio, esse falso intelectualismo, do que as manifestações do Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal.

Diz ele que o governo é ruim, mas a equipe econômica é competente. Qual o nível de análise para chegar a tal conclusão? Nenhum. Não analisou a produção acadêmica, não conhece a atuação pregressa de nenhum deles, não demonstra o menor conhecimento para uma avaliação minimamente competente de sua atuação à frente da Fazenda ou do Banco Central. No entanto, opina, e com a carteira de Ministro do Supremo e porta-voz de um iluminismo de butique.

É de uma superficialidade assustadora, uma mera repetição do que ouviu na Globonews e se tornou um
bordão de bom pensamento, como uma marca de gravata, uma indicação de um bom livro ou boa música. E diz Barroso, com aquele tom alarmista dos gansos do Capitólio, que o atraso é permanente no Brasil, porque as forças que o sustentam são poderosas.

Mire-se no espelho. O atraso ancestral é decorrente da superficialidade escandalosa de pessoas como ele, que supostamente deveriam representar uma elite letrada, porque um dos grandes juristas do país, mas que se movem no mercado de ideias da mesma maneira que socialites nas colunas sociais, esforçando-se atrás de frases de senso comum para serem in.

No Brazil Forum UK 2016 – feito para especialistas – Barroso apresentou como uma das vantagens do Brasil a estabilidade democrática e um conjunto de condições para o desenvolvimento, dentre os quais, a educação. Para a mídia e o populacho de suas relações sociais, apresenta como saída política o estado de exceção e como saída econômica a PEC 241, analisando as estratégias fiscais com a mesma superficialidade com que se analisa uma conta de padaria.

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