James N Green
Durante as quase duas semanas com a Presidenta Dilma Rousseff em Providence, New York, Boston e Cambridge, conheci uma pessoa totalmente diferente da imagem promovida pela grande imprensa e pela mídia no Brasil.
Ouvi ela falando em diversas universidades—Brown, Columbia, the New School, City University of New York e Harvard, entre membros da comunidade brasileira em Boston e New York e com acadêmicos como os Professores Skip Gates e John Comaroff de Harvard, quando servi de intérprete.
Também acompanhei a presidente em diversos momentos onde ela foi reconhecida por brasileiros, argentinos, uruguaios e mexicanos, que deram abraços e solidariedade por sua força e determinação. “Estamos com você”, falaram em português e espanhol. E é claro, pediram uma foto. Ela sempre abraçou a pessoa e conversou com ela, com uma atenção e interesse impressionante.
Dilma Rousseff é uma mulher culta, que insistiu em visitar as livrarias de Harvard e Nova York nos minutos livres. No Strand Bookstore, o famoso sebo na rua 12 com a Broadway, ela procurou livros sobre Inglaterra no século XIX porque estava interessada em entender a política do Primeiro Ministro
Lord Palmerston em relação a Guerra Civil nos Estados Unidos.
Fica muito evidente que a grande mídia criou uma imagem totalmente falsa sobre esta pessoa sensível e comprometida. É difícil prever o futuro, mas acho que ela ainda vai cumprir um papel importante nas lutas pela justiça e igualdade no Brasil.
Conversamos longamente sobre o seu passado na resistência à ditadura militar, a situação atual, as eleições de 2018 e as perspetivas para a luta contra a implantação do projeto neo-liberal no país.
Cabe a ela compartilhar estas idéias com o público, mas como escrevi em outra postagem, conheci uma mulher integra e com princípios firmes, que incentivaram ela para entrar na luta contra a ditadura em 1965 e seguir lutando contra a desigualdade econômica e social durante o seu governo e agora na resistência ao golpe.