A PESCA ARTESANAL CEARENSE IMPULSIONA UM SETOR DESCONHECIDO DO MERCADO INFORMAL NORDESTINO
O estado do Ceará, é um lindo estado nordestino que tem seus poetas, seus cantores, trovadores, atores, humoristas e pintores mostrando para o mundo através dos seus trabalhos, como essa terra é uma terra de cultura forte. A capital é Fortaleza, uma cidade com pouco mais ou pouco menos que três milhões de habitantes. Esse estado, é um estado conhecido por por vários fatos que marcaram a sua história, um deles é que, ele foi o primeiro a abolir a escravidão no Brasil. Ele é conhecido pela sua beleza, e pela beleza do seu litoral, pela religiosidade popular e por ser um estado de muitos artistas talentosos em todos os níveis. O litoral cearense também é conhecido pelas belezas de suas praias, pela beleza de suas lindas jangadas, que fazem parte da paisagem de todo o Nordeste, mas no estado do Ceará, parece ser símbolo desse estado, já que há qualquer hora ou qualquer lugar do litoral, nós nos deparamos com sua presença deslizando no lindo mar cearense.
O jangadeiro é cantado em verso e prosa pelos poetas cearenses. Eles vivem da pesca, navegando ao sabor doce das ondas em suas jangadas. Suas jangadas hoje, são jangadas que, tiveram uma influência enorme daquelas antigas embarcações que os portugueses trouxeram das índias. A navegação é rudimentar, sem uso de equipamentos, nem mesmo de uma bússola. Os jangadeiros, memorizam o lugar de pesca, na cabeça, e traçam a rota, e à noite, eles se guiam pelas estrelas do céu. Geralmente, a tripulação de uma jangada, são dois a três pescadores. O proeiro fica onde melhor equilibrar a jangada e também é responsável de caçar e folgar as velas. Cabe-lhe, além disso, o recolhimento da pesca que é colocada no samburá. Segundo estudos, as primeiras embarcações construídas na história da humanidade, se situam na idade da pedra, no período mesolítico em meado de 8.200 a 7000 a.c, eram as canoas de tronco.
Elas tiveram função importante no comércio, agricultura, pesca e transporte, pelos mares, em pequenas distâncias. No Brasil, na época da colonização pelos portugueses, principalmente com a chegada dos escravos, foi que, teve a introdução de pescadores vindos do oceano índico da costa de Moçambique, que usavam jangadas, diferentes das atuais, mas eram jangadas, feitas com troncos, com cordoamentos silvestres. O certo é que, a jangada brasileira não é a mesma de há décadas atrás, deixou de ser uns troncos amarrados para dar lugar a uma construção naval em tábuas revestidas a aparelho, capa e subcapa. A jangada de hoje é um barco largo de fundo chato sem encolamento que se curva na zona da popa para albergar uma quilha terminada em cadaste de leme. A proa afia para cima de modo a reduzir a fricção no elemento liquido. Foi desse modo que, a influência de pescadores foi introduzida na cultura brasileira.
Hoje ainda existem milhares de vila de pescadores espalhadas pelo Nordeste brasileiro em seu litoral. O Ceará também é conhecido pela pesca da lagosta, que há cada dia se torna mais escassa, pois muita gente não respeita o período de "defeso", e por ter um sol brilhante durante os 365 do ano. O litoral cearense se estende por 573 km, predominam os mangue e restingas, a vegetação típica litorânea do Nordeste brasileiro. A temperatura média dessa região é de 22° a 35° C. As praias mais faladas do Ceará são: Canoa Quebrada, Praia do Porto das Dunas, Jericoaquara dentre tantas outras lindas prais que se estendem pelo litoral norte e sul cearense. Mas no interior cearense também você pode encontrar Parques e uma vegetação única que só existe no sertão Nordestino, "a caatiga" ou "mata branca". O clima cearense é o do sémi-árido, com pluviosidades que, em trechos da região dos Inhamuns, podem ser menor que 500mm, mas pode se aproximar de 1.000mm em outras áreas caracterizadas pelo clima semi-árido brando. A cultura cearense é baseada na cultura européia e amerindia, com algumas influências afro-brasileiras.