A pujança de São Paulo

Wagner Iglecias

Não vou comentar o debate de ontem entre os prefeituráveis de SP. Acho que se a cidade tiver muita, mas muita sorte, passará os próximos quatro anos mais ou menos onde está. Mas a chance maior, acho, é que nem isso ocorra e SP venha a viver em breve retrocessos que irão da descontinuidade de políticas para os segmentos de juventude, negros, mulheres, LGBT e pessoas com deficiência até uma política repressiva em relação aos dependentes químicos, passando ainda pela liberação dos limites de velocidade para automóveis em toda a cidade e pela priorização dos investimentos públicos em regiões ricas aos invés dos bairros periféricos. 

Se há algo que me impressiona em SP é a incapacidade desta cidade em olhar para frente, em sintonizar-se com o que há de mais avançado em política urbana nas principais metrópoles do mundo. Justo SP, a maior cidade do Hemisfério Sul, com sua pujante classe empresarial, sua pujante intelectualidade, seu pujante Terceiro Setor. Ou não seriam tão pujantes assim?



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