República de patetas

Leandro Fortes

Além da repressão e do arbítrio, uma das principais características de toda ditadura é o ridículo.

A ocupação do espaço público de forma ilegítima, sem voto nem sustentação constitucional, torna o governo uma ferida aberta para todo tipo de parasita, sobretudo os mais patéticos, os mais mesquinhos.

Essa decisão de impor uma censura de 18 anos ao filme Aquarius é uma dessas retaliações que só um governo ridículo, comandado por imbecis, poder ter coragem de fazer assim, à luz do dia.


É o tipo de censura que os patetas de 1964 faziam à imprensa por meio de bilhetinhos enviados às redações, um mosaico nonsense de mensagens que ajuda a entender o tamanho do ridículo daquela ditadura.

Incrível é que, ainda assim, em nome da doença do antipetismo e com a força do protofascismo nacional, estejamos às vésperas da consolidação de um golpe de Estado.

Para manter essa gente, ridícula e mesquinha, sem voto e sem vergonha, no poder.

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