A justiça enxovalhada
Claudio Guedes
O procurador Deltan Dallagnol, que integra a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF), responsável pela Operação Lava Jato, classificou como "incoerente" a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de soltar o ex-ministro José Dirceu. Na tarde desta terça-feira (2/5), a segunda turma da Corte decidiu, por 3 votos a 2, conceder um habeas corpus ao político, que está preso desde agosto de 2015.
O procurador de justiça se julga um poderoso. Provavelmente porque trabalha em parceria com o juiz celebridade que opera a Lava-Jato de forma parcial e como um instrumento não de justiça, mas de luta pelo poder político no país. Ambos são incensados pela mídia antipetista e pela opinião pública manipulada.
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O confronto vai se intensificar...
Hoje, apesar de atuar na base do poder judiciário, buscou constranger e "carteirar" o STF, forjando às pressas uma nova denúncia contra um preso da operação - José Dirceu - que teria um pedido de "habeas corpus" julgado à tarde pelo Supremo.
Sua manobra foi desqualificada pelo juiz mais afinado com o PSDB e implacável nos julgamentos de petistas, mas que não se rebaixa a receber ordens de um simples procurador da República e nem ceder a manobras vulgares de um celerado que se julga um cruzado da justiça "divina".
Perdendo no STF, demonstrando desequilíbrio, Dallagnol se insurge e critica o posicionamento do STF, buscando desqualificar a decisão da corte suprema do país.
Tivesse o STF um pouco de auto-respeito, um pouco de auto-estima, ofereceria denúncia ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) contra o boçal.
O confronto vai se intensificar...