Rafael Patto
Os jogadores de futebol brasileiros, em geral, são pessoas tão cabeças de bagre, tão limitados intelectualmente, que não consigo ficar indiferente quando noto coerência na atitude de algum.
O sujeito se orgulha de seu estilo "bad boy". O DVD dos melhores lances da carreira dele deve conter umas 2 horas de socos, murros, pontapés, voadoras, pisoteios em adversários caídos no chão, entradas de sola, cotoveladas etc.
Sem falar nos "Extras" que devem trazer mais duas horas de entrevistas com declarações estapafúrdias, provocações desnecessárias, intrigas, falsas polêmicas e quilos e quilos de pedidos de desculpas.
Poxa vida, que alívio ao saber que esse jogador, coerentemente com o conjunto de sua obra e o legado que deixará para o mundo do futebol, declarou seu voto no deputado que agride mulheres, que exalta torturadores e estupradores da ditadura, que agride jornalistas, que dissemina homofobia e ódio por toda forma de diversidade étnico-racial, de gênero, religiosa etc.
Queria deixar aqui os meus sinceros parabéns a esse jogador pelo discernimento que demonstra ter. E espero que todas as pessoas nesse país que admiram o trabalho dele e de alguma forma se sentem representados pela postura "guerreira" dele em campo sigam o seu louvável exemplo.