Não pode haver dor mais colossal do que a provocada pela perda de um filho. A morte de Debbie Reynolds apenas um dia depois da de sua filha Carrie Fisher não foi coincidência, mas coração partido.
Se estes dois últimos dias foram horríveis para os cinéfilos, imaginem para esta pobre família.
Morreu na noite desta quarta-feira (28), aos 84 anos, a atriz americana Debbie Reynolds, de "Cantando na Chuva". Ela era mãe da também atriz Carrie Fisher (1956-2016), a princesa Leia dos filmes "Star Wars", morta um dia antes, nesta terça (27).
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Nascida Marie Frances Reynolds em El Paso, Texas, a atriz foi descoberta por um caça-talentos aos 16 anos, enquanto disputava o concurso de Miss Burbank. A contragosto, recebeu seu nome artístico do chefe dos estúdios Warner, Jack Warner.
Sem espaço no estúdio, ela migrou para a MGM, onde trabalharia por 20 anos. Lá virou um dos principais nomes da era de ouro dos musicais de Hollywood, vivendo seu auge ao protagonizar, com Gene Kelly, o clássico "Cantando na Chuva" (1952).
Em 1964, Reynolds foi indicada ao Oscar de melhor atriz coadjuvante por "A Inconquistável Molly", mas perdeu para Julie Andrews em "Mary Poppins". Em 2015, foi homenageada pelo sindicato dos atores dos EUA por sua filmografia de 65 anos.
Reynolds foi casada com o músico Eddie Fisher, com quem teve os filhos Carrie e Todd. O casal se separou em 1959 no que se tornou um escândalo midiático: Debbie e Eddie eram uma espécie de "namoradinhos da América", e ele a trocou por Elizabeth Taylor.
Entre os anos 1960 e 1970 passou a fazer números musicais em Las Vegas, cidade em que teve um cassino e onde passou a expor relíquias de filmes hollywoodianos colecionadas ao longo de sua vida.
Foi trabalhando em Las Vegas que Reynolds quitou uma dívida de US$ 3 milhões decorrente do vício de seu segundo marido, o empresário Harry Karl, em jogos de azar. Os dois foram casados de 1960 a 1973.
Debbie Reynolds deixa o filho, Todd Fisher, e a neta, a atriz Billie Lourd, filha de Carrie Fisher.