Léo Bueno
Eu queria agradecer ao Estadão por me providenciar uma ilustração de um debate em que estive envolvido hoje - na verdade, ainda há pouco.
Era sobre a qualidade da grande mídia atual, sobre o quanto ela desinforma, sobre o quanto ela está burra - e não só ideologicamente. A burrice ideológica, vai ver, é consequência.
Eu dizia que os jornais estão errando. Disse "errando" porque o verbo é um coringa. Ele substitui "mentindo" em muitos casos.
A notícia aqui publicada informa basicamente que um em cada dois usuários brasileiros ativos no Twitter se engajou "no tuíte do prefeito João Dória". Isso num único dia.
A ser verdade, Dória está marcando feio. Já devia ter regravado "Gangnam Style" e se candidatado a secretário-geral da ONU.
A ser verdade. Só que, ufa!, não é.
O jornal sequer preocupou-se em checar o número de usuários do Twitter nem em duvidar do número com que lidava, se é que ele não é inventado.
Se não foi inventado, o erro é grosseiro: o tuíte em questão tem 5.600 curtidas neste momento. Um pouquinho menos, só um pouquinho, do que 59 milhões.
Tudo isso depende de uma pesquisa mínima e de um raciocínio ainda menor. Se você tiver uma cabeça pensante, já não vai engolir nenhum número do Estadão sem ruminar um pouquinho.
Agora: "cutuvelada" não dá! Aí já dói algo profundo dentro de mim, algo que parece um chute nos meus países baixos, mas muito mais metafísico.
Eu queria agradecer ao Estadão por me providenciar uma ilustração de um debate em que estive envolvido hoje - na verdade, ainda há pouco.
Era sobre a qualidade da grande mídia atual, sobre o quanto ela desinforma, sobre o quanto ela está burra - e não só ideologicamente. A burrice ideológica, vai ver, é consequência.
Eu dizia que os jornais estão errando. Disse "errando" porque o verbo é um coringa. Ele substitui "mentindo" em muitos casos.
A notícia aqui publicada informa basicamente que um em cada dois usuários brasileiros ativos no Twitter se engajou "no tuíte do prefeito João Dória". Isso num único dia.
A ser verdade, Dória está marcando feio. Já devia ter regravado "Gangnam Style" e se candidatado a secretário-geral da ONU.
A ser verdade. Só que, ufa!, não é.
O jornal sequer preocupou-se em checar o número de usuários do Twitter nem em duvidar do número com que lidava, se é que ele não é inventado.
Se não foi inventado, o erro é grosseiro: o tuíte em questão tem 5.600 curtidas neste momento. Um pouquinho menos, só um pouquinho, do que 59 milhões.
Tudo isso depende de uma pesquisa mínima e de um raciocínio ainda menor. Se você tiver uma cabeça pensante, já não vai engolir nenhum número do Estadão sem ruminar um pouquinho.
Agora: "cutuvelada" não dá! Aí já dói algo profundo dentro de mim, algo que parece um chute nos meus países baixos, mas muito mais metafísico.